quarta-feira, outubro 26, 2011

29 De Outubro Dia do Livro


Ler é uma forma de diversão

No dia 29 de outubro é comemorado o dia nacional do livro.
Para a primeira biblioteca do Brasil, Portugal disponibilizou um acervo bibliográfico muito rico, vindos da Real Biblioteca Portuguesa, com mais de sessenta mil objetos. O acervo era composto por medalhas, moedas, livros, manuscritos, mapas, etc.
As primeiras acomodações da Biblioteca foram em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro.
A escolha da data foi em razão da transferência da mesma para outro local, no dia 29 de outubro de 1810, fundando-se assim a Biblioteca Nacional do Livro, pela coroa portuguesa.


Da data da fundação até por volta de 1914, para se fazer consultas aos materiais da biblioteca era necessária uma autorização prévia.
Os livros são um conjunto de folhas impressas, onde o escritor coloca suas ideias, a fim de deixá-las registradas ou para que outras pessoas possam tomar conhecimento das mesmas. Eles podem variar no gênero dos textos apresentados, sendo documentário, romance, suspense, ficção, autoajuda, bíblico, religioso, poema e poesia, disciplinas escolares, profissões e uma infinidade de áreas.
Para se publicar um livro, o autor deve procurar uma editora a fim de apresentar seu material, que deverá estar devidamente registrado em cartório, para garantir os direitos autorais.
A editora se encarrega de fazer a correção do texto, de acordo com as normas cultas da língua, além de sugerir algumas melhoras ao mesmo. Após a edição do texto, a editora cuida do título da obra, que deve servir como atrativo ao público, passando então para o preparo da capa, através da ilustração, impressão da quantidade de volumes e montagem dos exemplares.


A editora também é responsável pela divulgação do material, pois é de seu interesse vender o produto.
Após a criação da prensa tipográfica, por Johannes Gutenberg (1398-1468), deu-se a publicação do primeiro livro em série, que ficou conhecido como a Bíblia de Gutenberg. A obra foi apresentada em 642 páginas e a primeira tiragem foi de duzentos exemplares. Essa invenção marcou a passagem da era medieval para a era moderna.


O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como censura.
Em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Picapau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.

Espero que gostem do post e busquem sempre um tempinho para ler por que
além de acumular conhecimento e cultura a leitura estimula o funcionamento do cérebro em várias de suas regiões, coisa importantíssima para prevenção de algumas doenças ainda hoje sem muita explicação do porquê se desenvolvem. A neurociência tem avançado demais em estudos que mostram o quanto é benéfico para o cérebro e, conseqüentemente para a qualidade de vida o ato de ler. Pode ser qualquer baboseira, o negócio efetivamente é ler...

CRUZ VERMELHA

 
Missões da Cruz Vermelha e outros símbolos da instituição
No dia 26 de outubro comemora-se a criação da Cruz Vermelha, uma instituição humanitária e autônoma que oferece serviços voluntários às vítimas das guerras, violências e catástrofes naturais.
A ideia partiu do suíço Henry Dunant, que durante uma viagem deparou-se com a batalha de Solferino, ao norte da Itália, vendo milhares de mortos sem serem sepultados, além dos combatentes que sofriam com os ferimentos.
Preocupado e chocado com a situação dos campos de batalha, onde presenciou soldados mutilados sendo atendidos pelos sobreviventes, em condições precárias, improvisou uma enfermaria nas dependências de uma igreja, para prestar primeiros socorros aos necessitados, contando com a ajuda da população local.
Com isso, ao ser realizada a Conferência de Genebra, em 1863, mostrou sua indignação e piedade para com o problema, colocando o assunto na pauta das discussões, o que levou à criação do Comitê Internacional para a Assistência aos Feridos, vindo a se tornar Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O interessante é que o fundador da entidade, além de alcançar ajuda aos necessitados da guerra, conseguiu estabelecer a condição de imparcialidade dos voluntários, com neutralidade política e religiosa dos mesmos, a fim de favorecer os atendimentos, sem distinção a nenhum ferido.
A amplitude dos trabalhos da Cruz Vermelha vai muito além do que se imagina. A entidade atua com a distribuição de materiais médicos e hospitalares e de produtos alimentícios; faz trabalhos de assistência social negociando a libertação e a repatriação de prisioneiros de guerra e presos políticos, visita presos nas cadeias públicas, busca a reaproximação de famílias separadas por conflitos; trabalha no combate a epidemias; desenvolve projetos de combate à fome e etc.
A Cruz Vermelha é uma entidade privada, mantida por doações de pessoas ou de empresas, além das verbas governamentais, advindas dos países participantes da Convenção de Genebra.
Hoje, possui filiais em mais de duzentos países.
Nas nações muçulmanas, mesmo não sendo voltada para as diferenças religiosas, a instituição trabalha com o nome de Crescente Vermelho, tendo adotado uma lua crescente como o símbolo de sua bandeira, o mesmo símbolo do islamismo.
Outro símbolo adotado pela organização foi o Cristal Vermelho.
No Brasil, a instituição foi implantada em 1908, seguindo os mesmos princípios da convenção de Genebra. Oswaldo Cruz, médico, sanitarista, considerado o responsável pela saúde pública no Brasil, foi escolhido como seu primeiro presidente, pelos trabalhos que havia desenvolvido anteriormente, como o combate à peste bubônica, a campanha de erradicação da febre amarela e a revolta da vacina (campanha de vacinação contra a varíola).

terça-feira, outubro 25, 2011

Qual a cor do seu teto?

Já ouviu falar na Associação “One Degree Less?
Com uma atitude simples de incentivo e propagação de conhecimento, esta associação está na atividade em prol da preservação ambiental com o objetivo de diminuir as temperaturas nos centros urbanos.
Como?
Distribuindo certificados de colaboração ambiental para todas aquelas pessoas que pintarem seus tetos de branco.
Isso mesmo: branco.

E tudo isso envolve estudos e pesquisas que valem a pena conferir.

Segundo pesquisador da Lawrence Berkley National Laboratory, a utilização de telhados escuros só aumenta o nível da temperatura:
“A monitoração de mais de 10 edifícios na Califórnia e na Flórida demonstra que o uso de tetos frios poupa, para os moradores e proprietários de imóveis, de 20 a 70% do uso anual de energia de resfriamento.”



“A maioria dos tetos planos são escuros e refletem só até 20% da luz solar. Pintados de branco ou outra cor clara, com reflexão de 0,60 ou mais, os efeitos da incidência solar diminuiriam. Cada 100 m2 pintados compensam 10 t de emissão de CO2.”
“Se somente os tetos tivessem suas cores escuras substituídas, pode-se conseguir uma compensação de 24 bilhões de toneladas de CO2. Se em 20 anos todos os tetos forem pintados, teremos o efeito de retirar metade dos carros que rodam em todo o mundo a cada ano deste programa. Isso possibilitaria um atraso nos efeitos do aquecimento global.”




De acordo com esse estudo, a pintura de telhados e lajes superiores com cores claras reduz a temperatura no interior das edificações em cerca de 6°C, pois o branco reflete até 90% dos raios solares, enquanto a telha cerâmica comum absorve essa mesma porcentagem de calor.
Pra deixar sua vida mais verde, aposte no branco. :*

domingo, outubro 23, 2011

A GENTE SE ACOSTUMA

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. 
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colassanti

Ummm Ótimo domingo a todossss ,kisses : )